TDT arranca a 29 de Abril em 10 regiões de Portugal

A PT deu o tiro de partida para a entrada na televisão digital terrestre (TDT), fazendo com que esteja disponível primeiro em dez regiões do País e, no final do ano, cubra 80% da população. Até lá, os portugueses podem tirar dúvidas no ‘site’ do Fórum TDT, criado em parceria com a RTP, a SIC e a TVI

A PT deu o tiro de partida para a entrada na televisão digital terrestre (TDT), fazendo com que esteja disponível primeiro em dez regiões do País e, no final do ano, cubra 80% da população. Até lá, os portugueses podem tirar dúvidas no ‘site’ do Fórum TDT, criado em parceria com a RTP, a SIC e a TVI

 

Balsemão defende que seja Estado a pagar a TDT

Hoje, já só faltam 105 dias para que a televisão digital terrestre (TDT) esteja acessível aos portugueses de dez regiões do País, ainda por definir, mas incluindo Madeira e Açores, esperando-se que 80% da população estejam cobertos pelo sinal digital até final de 2009 e até final de 2010 coberto todo o território. Estando assim criadas as condições para antecipar em um ano o desligamento do sinal analógico (switch off) definido pela Comissão Europeia.

A informação foi avançada, ontem, por Zeinal Bava, presidente executivo da Portugal Telecom (PT), na apresentação do Fórum TDT, o pólo de informação sobre a TDT, em parceria com os canais de TV e apresentado ontem.

“A PT assegurará a televisão da próxima geração, em termos piloto, em oito a dez regiões de Portugal, esperando que no final do ano abranja 80% da população”, disse Zeinal Bava, lembrando que, “hoje, apenas 40% dos portugueses têm acesso ao digital, estando a PT a trabalhar em relação aos restantes 60%, tentando garantir que todos tenham acesso à experiência do digital”.

A PT, vencedora do concurso para a implementação da rede de transmissão TDT (MUX A), compromete-se ainda a “assegurar uma cobertura abrangente, implementação acelerada, permitindo antecipar em um ano o prazo de 2012 determinado pela Comissão Europeia, e soluções técnicas diferenciados”, reforça Zeinal Bava.

Já os parceiros do Fórum TDT elogiaram esta nova forma de ver televisão. Mas Francisco Pinto Balsemão, presidente da Impresa, dona da SIC, afirmou que “o switch off terá um custo que alguém terá de pagar”, acrescentando que o Estado tem o dever de pagar esse custo, “já que irá receber um bem de elevado valor”, que é o espectro libertado pela adopção da TDT e que devia ser utilizado pelos operadores até 2022. “Faz sentido privilegiar os operadores já existentes para utilizarem a norma DVB- -H (digital) para telemóveis”, acrescentou. Defendeu ainda que devia ser o Estado a arcar com os investimentos dos operadores no futuro canal em alta definição e nas caixas descodificadoras de sinal. O mesmo responsável aproveitou para reafirmar as suas críticas ao 5.º canal generalista, que irá ser criado também no âmbito da TDT, como um mercado publicitário escasso.

Por seu turno, Miguel Gil, administrador da TVI, defendeu que o lançamento da TDT “não pode ser resultado só de investimento do poder público”, deve ser “uma acção conjunta entre publico e privado”.

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